A manutenção em prédios antigos é fundamental para garantir a durabilidade e segurança dessas construções.

No entanto, a tarefa de preservação encontra uma série de obstáculos decorrentes da escassez de recursos e da falta de investimentos nos serviços de manutenção.

Para garantir a conservação desses edifícios, além do retrofit, é preciso implementar ações efetivas de conservação. Mesmo diante das limitações impostas pela autenticidade e pelo valor histórico dos elementos. Como veremos neste artigo.

Retrofit e a manutenção em prédios antigos

O edifício histórico da antiga sede da Telesp na rua 7 de Abril, no centro de São Paulo, receberá um retrofit para se tornar um condomínio residencial e galeria de lojas.

O projeto foi aprovado pela Prefeitura da cidade como parte do programa Requalifica Centro. O prédio, construído em 1939, foi tombado pelo Conpresp em 2012 e abrigou a Telefônica e a Vivo após a privatização, mas está fechado desde então. O programa, que tem como finalidade fazer manutenção em prédios antigos, faz parte da tentativa de revitalizar a região central de São Paulo.

Outro prédio antigo que passou pelo processo de retrofit e manutenção foi a edificação FSMJ, também na região central de São Paulo. Hoje, abriga diversos estabelecimentos, como a livraria Gato Sem Rabo, a pizzaria Divina Encrenca, a galeria de arte HOA e o restaurante Cora, na cobertura.

Antigo patrimônio da Santa Casa, o edifício dos anos 1970 ficou abandonado até ser recuperado e colocado para locação, sendo um exemplo vibrante de manutenção e preservação.

Desafios da manutenção em prédios antigos

A gestão de manutenção em edifícios, tanto novos quanto antigos, deve ser capaz de limitar a deterioração dos materiais e componentes. O objetivo é garantir a durabilidade das edificações. No caso dos edifícios antigos, a principal diferença está na impossibilidade de substituição de elementos, devido à sua importância histórica e cultural.

O Comitê Científico Internacional Para Análise E Restauração De Estruturas Do Patrimônio Arquitetônico (Icomos) destaca a importância da manutenção preventiva. Prática essencial para limitar a necessidade de intervenções futuras e preservar as propriedades dos materiais.

Além disso, desde a década de 1970, a UNESCO já recomendava a adoção de abordagens preventivas às políticas patrimoniais. Enfatizando a necessidade de fiscalização regular dos bens culturais através de inspeções periódicas.

No Brasil, mesmo com um interesse crescente em proteger prédios antigos, os projetos de conservação desses edifícios muitas vezes não incluem ações regulares de gestão e manutenção.

O que acaba culminando na necessidade de intervenções maiores. Se em um prédio comum, evitar grandes obras por causa de deterioração já é uma premissa, em casos de edificações históricas, isso é elevado ao grau máximo.

Manutenção preventiva é o caminho

Os prédios antigos não foram construídos com os mesmos padrões de segurança que são exigidos atualmente. Um exemplo é a separação entre andares, que costuma ser menor do que um metro. Enquanto prédios mais novos têm uma distância maior para evitar que um incêndio se espalhe.

Muitas vezes eles sequer possuem todos os equipamentos de segurança, como dutos de ventilação e escadas de incêndio mais largas. Esse conjunto de fatores torna ainda mais urgente um plano de manutenção específico. Levando em conta, por exemplo, essas especificidades e contribua para evitar mudanças estruturais, que são bastante desafiadores em edificações históricas.

Outro problema é a falta de manutenção das instalações elétricas. A maioria dos incêndios no Brasil é causada por problemas elétricos, como fios desencapados e fiação antiga que não recebeu manutenção adequada.

Como praticar a manutenção em prédios antigos?

A manutenção em prédios antigos pode ser um desafio. E uma tarefa importante para garantir a segurança e a preservação do patrimônio histórico e arquitetônico. Algumas dicas são:

1. Inspeção regular

Projetos de conservação precisam levar em consideração as características únicas de cada imóvel, exigindo conhecimentos técnicos e teóricos. Bem como a documentação cuidadosa de todas as etapas para garantir sua preservação ao longo do tempo e sua atualização criteriosa, de acordo com as cartas e legislações patrimoniais aplicáveis.

Para que a manutenção preventiva em edifícios antigos ocorra de forma eficaz e ágil, é essencial que proprietários, locatários, síndicos ou o próprio condomínio tenham o suporte de profissionais experientes. Como o Grupo Paineiras, que tem mais de 36 anos de experiência na prestação de serviços profissionais, entre eles, manutenção.

As inspeções periódicas, limpeza, zeladoria e manutenção simples com técnicas, materiais e procedimentos adequados, pode prevenir a deterioração gradual do imóvel. Evitando a necessidade de intervenções maiores e mais onerosas, garantindo a preservação do ativo.

2. Manutenção e reparos

O reconhecimento dos valores culturais, arquitetônicos e históricos de uma edificação não isenta o proprietário da responsabilidade pela manutenção. Pelo contrário, a preservação desses valores deve ser um objetivo a ser alcançado por meio de intervenções especializadas e cuidadosas.

Para evitar que os problemas se agravem, é fundamental que pequenos reparos sejam realizados imediatamente.

3. Limpeza adequada

A limpeza é um dos aspectos mais importantes da manutenção de prédios antigos. Deve ser realizada com muito cuidado, evitando o uso de produtos químicos que possam danificar elementos do prédio, principalmente em áreas mais sensíveis, como fachadas, janelas e portas.

Recomenda-se utilizar produtos específicos para cada tipo de superfície e que não causem danos ao material e limpezas técnicas realizadas por empresas especializadas, que contam com equipamentos adequados e profissionais capacitados.

4. Restauração

Quando o edifício apresenta um grau avançado de deterioração, a restauração é necessária. Tarefa que deve ser realizada por profissionais especializados em restauração de edifícios antigos, que utilizem materiais e técnicas adequadas. A ideia é preservar a estrutura original do prédio e recuperar elementos arquitetônicos danificados.

O processo de restauração deve ser conduzido com muito cuidado, para não descaracterizar a edificação original e garantir que o trabalho seja realizado de forma segura e eficiente.

5. Documentação em dia

É importante manter uma documentação detalhada de todas as atividades de manutenção e restauração realizadas no prédio, incluindo fotos, relatórios e planos de ação, para que se possa acompanhar a evolução do estado de conservação do edifício ao longo do tempo. Isso pode ajudar a identificar problemas recorrentes e facilitar a manutenção preventiva, garantindo a preservação da edificação antiga.

Repleto de valores culturais, estéticos, históricos, memoriais e simbólicos, os prédios antigos são merecedores de medidas que visem sua manutenção e conservação para as próximas gerações.

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