Nos próximos anos, o aquecimento global pode atingir níveis perigosos. No entanto, o FM pode contribuir para a diminuição da temperatura global.
Durante os dias quentes e secos, as pessoas procuram as mais variadas alternativas para vencer o calor intenso. Algumas preferem o ar-condicionado, outras aderem aos ventiladores, afinal, a temperatura do planeta Terra está subindo de modo constante e o aquecimento global é latente. A Organização das Nações Unidas (ONU) já alertou que o mundo deve limitar o aumento da temperatura média global a menos de 1,5°C, ou seja, é preciso manter o aquecimento abaixo de 2 graus Celsius.
Segundo previsão do último relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, sigla em inglês), no ritmo em que o mundo se encontra, a temperatura do planeta aumentará quase 5 graus Celsius até 2100. As mudanças climáticas devem provocar grandes transformações globais, bem como o aumento do nível do mar, a diminuição da produção de alimentos e algumas espécies extintas.
Um estudo realizado pela Universidade da Califórnia e publicado na revista PNAS, reafirma tal projeção e ainda aponta que, em até sete décadas, 2 bilhões de pessoas irão viver em locais com temperatura média de 29°C.
Crise climática: consequências do aquecimento global
O aquecimento global representa riscos não apenas para o planeta, mas também para a população mundial. As consequências da crise climática podem afetar as áreas social, cultural e ambiental. Além disso, também podem prejudicar a saúde humana, infraestrutura comunitária, sistemas de transporte, abastecimento de água e alimentos. Em seguida, veja as principais consequências humanas das mudanças climáticas.
Problemas respiratórios
Uma alta concentração de dióxido de carbono tem um efeito direto no desenvolvimento de problemas respiratórios. Os mais comuns são: bronquite, asma, sinusite, coriza e até pneumonia. O problema é agravado nas grandes cidades onde a poluição é intensa. Vale ressaltar que, de acordo com a OMS, cerca de 7 milhões de pessoas morrem por ano pela poluição do ar no mundo.
Doenças cardiovasculares e AVC
O aumento da temperatura do planeta também impacta o desenvolvimento de doenças cardiovasculares e derrames, pois a combinação de altas temperaturas e má qualidade do ar promove sobrecarga do sistema nervoso.
Câncer de pele e catarata
As altas temperaturas impulsionam a destruição da camada de ozônio, que possui o papel de proteger os seres humanos da radiação UV. A falta dessa proteção permite que os raios atinjam a superfície da Terra com maior intensidade. Tal fenômeno agride a pele e causa queimaduras.
Sendo assim, longos períodos de exposição solar sem proteção colabora para o surgimento do câncer de pele. Além dos protetores solares, roupas de algodão e óculos de sol são métodos eficazes de prevenir danos à pele.
O que tem sido feito para combater a crise climática?
O Protocolo de Kyoto foi um dos principais acordos mundiais para limitar as emissões de gases de efeito estufa. Cerca de 141 países participaram do tratado, assinado em 1997, na cidade de Kyoto, no Japão.
A ratificação ocorreu em 1999 por 55 países, estes responsáveis por 55% das emissões de gases, mas só entrou em vigor a partir do ano de 2004, com a inclusão da Rússia. Vale destacar que países como Brasil, Alemanha, França, Itália e Noruega também assinaram o compromisso.
Em um cenário recente, a Conferência das Nações Unidas (COP27), evento que reuniu autoridades globais no Egito, resultou em negociações voltadas à mitigação de desastres causados pelas mudanças climáticas. Entre os acordos firmados está o fortalecimento das iniciativas que visam manter o aquecimento global a 1,5 graus Celsius, além da aplicação de uma economia de baixo carbono e aumento do uso de energia renovável.
Como o FM pode contribuir para evitar o aquecimento global?
Cada pessoa pode trabalhar em conjunto para evitar um maior aquecimento da Terra. Ações simples de gestores de facilities podem contribuir com o combate das consequências da crise climática.
A primeira atitude que deve ser avaliada é a redução da produção de resíduos, diminuição do desperdício de alimentos e também o uso de plásticos. Ao descartar o lixo, o ideal é separar o lixo seco (reciclável) do lixo úmido (bio).
Escolher bens duráveis em comparação aos bens descartáveis é outra forma de ajudar o meio ambiente. Assim como é preciso pensar no uso consciente dos recursos, medindo o consumo de água, madeira, papel, energia elétrica e plástico, uma vez que ocorre o consumo maior do que a natureza pode repor, apresentando um cenário de precariedade irreversível futuramente.
Além disso, reduzir o uso de ar-condicionado também pode contribuir para a saúde do planeta, já que tais equipamentos liberam gases do tipo HFC, os quais são mais potentes que o CO², acelerando ainda mais o aquecimento global. Portanto, à medida em que resfriam o interior dos espaços, contribuem para elevar a temperatura no exterior. Com pequenas ações, é possível fazer a diferença e construir um futuro mais sustentável.