Se para todas as empresas, o capital humano é o mais valioso, para as que atuam no segmento de prestação de serviços especializados de limpeza, conservação e manutenção, esse valor é ainda mais evidente, afinal, os serviços são executados “por”, “pela” e “para” as pessoas. Contar com um time engajado, consciente de seu papel como agente de promoção de saúde, segurança e bem-estar é fundamental para o negócio. Uma das maneiras comprovadamente eficazes de estimular e valorizar esse lado transformador das pessoas é por meio do trabalho voluntário. Mas os benefícios da prática para as empresas vão ainda mais além, contribuindo para materializar uma gestão estratégica focada nos fatores ESG (Environmental, Social and Governance), com visão de longo prazo pautada no desenvolvimento sustentável. No dia Nacional do Voluntariado, celebrado no próximo dia 28 de agosto, elencamos abaixo exemplos de ações simples, seus benefícios e o panorama da prática no Brasil.

Dia Nacional do Voluntariado

No Brasil, o Dia Nacional do Voluntariado foi instituído em 28 de agosto de 1985, pela lei nº 7.352. Em 1998 o decreto de lei nº 9.608 de 1998 deixou ainda mais claro o papel e a importância do voluntário dentro das organizações, o que contribuiu para o aumento da adesão à prática nas empresas. No entanto, segundo o IBGE, apenas 4,3% de toda a população brasileira se dedicam a algum tipo de trabalho voluntário. Segundo o índice de Solidariedade da World Giving Index, o Brasil caiu quase 50 posições no Ranking Global de Solidariedade, de 75º para o 122° lugar, em uma lista com 144 países. Mudar essa realidade está ao alcance de todos.

Benefícios do voluntariado para as empresas

De acordo com a última edição do Censo do voluntariado, publicado em 2019 pelo Conselho Brasileiro de Voluntariado Empresarial (CBVE), o “desenvolvimento de competências e habilidades dos funcionários” é o principal ganho, citado por 19% dos respondentes da pesquisa. Em seguida vêm “melhoria do clima organizacional” e “fortalecimento do engajamento cívico dos funcionários”, com 16% cada. “Maior identificação e pertencimento a instituição” e “aumento do engajamento de funcionários” foram citados, respectivamente, por 13% e 12% da amostra. Por fim, “melhoria socioambiental nas comunidades beneficiadas” e “fortalecimento da imagem institucional” (com 9% cada), além de “maior interação interna dos funcionários” (com 6%), formam a lista dos principais ganhos.

Com 35 anos de atuação e um baixo índice de rotatividade, o grupo Paineiras já tem em sua rotina as ações sociais que envolvem os colaboradores, de tal modo que eles mesmos já agem proativamente. Segundo a gerente de RH, Cristiane Vasconcelos, “eles mesmos já são engajados e já desempenham algum papel de apoio junto à comunidade onde moram”.

Outras vantagens do voluntariado para as organizações

A pesquisa feita pela International Association for Volunteer Effort (IAVE) e a Fundação Telefônica, divulgada em agosto de 2019, traz ainda outras vantagens do voluntariado pelas empresas, dos quais destacamos:  

  • 97% dos entrevistados melhoram sua flexibilidade mental;
  • 87% são mais flexíveis a mudanças;
  • 85% têm uma percepção melhor sobre a empresa e se comprometem mais com a organização;
  • 85% se sentem mais orgulhos de si;
  • 64% acreditam que participar de ações voluntárias fortalece suas relações no dia a dia de trabalho;
  • 60% sentem que colocam seus conhecimentos profissionais em prática ao exercerem as atividades.

Campanhas e ações sociais

Existem diversas maneiras de incentivar o voluntariado. As campanhas de arrecadação de roupas, alimentos, produtos de higiene pessoal e de limpeza, entre outros itens, bem como as ações em que o voluntário executa algum serviço ou oferece apoio emocional são as mais comuns. No Grupo Paineiras as campanhas de arrecadação já fazem parte da programação anual. Em julho, a empresa realizou duas delas – uma para arrecadação de alimentos e uma para arrecadação de agasalhos. As arrecadações foram doadas a uma ONG indicada pelos próprios colaboradores – o Projeto Mãos Estendidas, que presta apoio e atendimento social a pessoas em situação de vulnerabilidade e/ou risco social.

No ano passado, além de contribuir com as doações, os colaboradores também elegeram as entidades que seriam beneficiadas. Após as indicações voluntárias, foi feita uma votação para selecionar três instituições.

A empresa também precisa fazer a sua parte

Além de incentivar o engajamento do público interno, é importante que a empresa também se engaje em ações sociais. Afinal, o exemplo é o melhor professor. O Grupo Paineiras já tem em seu planejamento anual um orçamento previsto apenas para doações monetárias. Atualmente, cinco instituições são beneficiadas – Lar Mãe Mariana, em Poá/SP, Apae de Poá, ​​Grupo de Apoio a Pessoas com Câncer  (GAPC) de Mogi das Cruzes/SP, Centro da Valorização da Vida (CVV) da Vila Carrão, em São Paulo/SP e Fundação Abrinq, o que possibilitou à empresa ganhar o selo de empresa Amiga da Criança.

O apoio também se dá por meio de prestação de serviços de limpeza e eventos sociais. “As ações que mais me enchem de orgulho são as que fazemos junto aos idosos. Em datas comemorativas organizamos festas, como Dia das Mães e Dia dos Pais, com a participação de membros de nossa equipe para oferecer um momento de alegria, descontração e conexão socioafetiva a essas pessoas que, muitas vezes, são carentes e sentem a falta de familiares e amigos”, conta Cristiane. Uma das ações é uma viagem à Aparecida do Norte, no interior de São Paulo. Em 2020, por conta da pandemia, a ação não pôde ser realizada.

Além dos projetos liderados pela área de Recursos Humanos, a empresa tem outras iniciativas, como a ação anual junto à comunidade da Bahia, que já abordamos nesse post.

Transformar e ser transformado

Falamos sobre os benefícios do voluntariado para as empresas, há os benefícios claros para quem recebe a ajuda, mas quem pratica a ação também é recompensado. “O trabalho voluntário nos torna pessoas melhores, porque amplia nossos horizontes para o que está acontecendo para além do nosso mundinho. A vivência em ambientes carentes e o contato com situações de vulnerabilidade e risco transformam qualquer reclamação do dia a dia em gratidão. É uma experiência que muda completamente nossa forma de ver, atuar e ser no mundo”, conclui Cristiane.

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