Para muitas pessoas, só o nome já causa temor: pragas urbanas. E realmente o surto de determinadas espécies de insetos e animais nocivos à saúde humana pode ser perigoso. No ambiente empresarial, no entanto, o impacto das pragas urbanas sobre as pessoas começa bem antes, conforme explica a bióloga do Grupo Paineiras, Bárbara Mazini. “No contexto geral, a fobia é o principal problema no ambiente urbano. As pessoas não querem estar no mesmo ambiente que um animal e tem ainda a imagem da empresa perante seus públicos, pois a presença desses seres vivos passa a imagem de sujeira e descuido”, explica. Portanto, manter essa relação entre humanos, insetos e outros animais em equilíbrio no contexto urbano é fundamental. Cabe ao controle de pragas profissional fazer isso de maneira efetiva e eficiente.

Controle de pragas, prevenir é melhor que remediar

A expressão popular “prevenir é melhor que remediar” é o principal foco do trabalho de controle de pragas. Junto à prevenção, a ação deve estar focada na causa do problema. No Grupo Paineiras, por exemplo, o trabalho começa com um mapeamento da área e dos arredores para saber se há ambientes propícios para as pragas, como terrenos baldios e construções, ou condutas dentro do ambiente da empresa que também possam estar atraindo os animais, como descarte de lixos orgânicos em lixeiras abertas. Depois, é feito um estudo para avaliar o nível de ocorrência no ambiente, com a finalidade de identificar se trata-se realmente de uma praga ou de casos mais pontuais. Então, é feito um plano de ação, começando pela preventiva. “Nessa etapa vamos recomendar adaptações estruturais a fim de coibir a entrada dos animais, como telas de proteção nas janelas e o fechamento de frestas e outras pequenas aberturas em portas e paredes, além de atuar na disseminação de informações e conhecimento para que as pessoas adequem suas rotinas e comportamentos também com foco na prevenção”, detalha Bárbara.

Programa integrado de controle de pragas

Educar e adequar o ambiente são as duas primeiras etapas do programa de controle de pragas desenvolvido pelo Grupo Paineiras, baseado nos conceitos internacionais do IPM (Integrated Pest Management), HACCP (Hazard Analysis Critical Control Point) e GMP (Good Manufacturing Practices), e em conformidade com as normas nacionais, estaduais e municipais, CVS-6, CVS-09 e Portaria 2535.

Com o objetivo de antecipar as atividades e prevenir as infestações das pragas, o programa combina princípios que regulam ou limitam populações naturais ou artificiais e ainda inclui mais dois componentes: a aplicação química, de forma racional, e o monitoramento de controle de qualidade, fazendo o controle integral.

Problema externo

Se o foco maior do problema estiver na área externa, é essencial fazer um anel sanitário ao redor do empreendimento e, se possível, o responsável pela empresa deve buscar apoio dos órgãos públicos para resolução do problema, como em casos de terrenos baldios.

Principais riscos, espécies e focos das pragas urbanas

As pragas urbanas mais comuns são baratas, formigas, moscas e roedores em geral, mas o avanço das áreas urbanas e até a mudança climática têm criado mais desequilíbrio, tornando comum a presença de outros tipos de seres vivos nos centros urbanos, como escorpiões, aranhas, carrapatos e pulgas. O caso do cantor Zé Felipe, filho do cantor sertanejo Leonardo, que pegou carrapato e teve que ser medicado, deu notoriedade ao problema.

Um estudo apresentado ano passado na Sociedade Americana de Medicina Tropical e Higiene mostrou até uma mudança de comportamento nos carrapatos conforme variação na temperatura ambiente. De acordo com o estudo, por volta dos 38 °C, alguns carrapatos marrons deixam de ser atraídos por animais e passam a preferir o sangue de seres humanos.

Um dos grandes perigos que os carrapatos trazem para os seres humanos é a febre maculosa, que pode ser transmitida através da picada do aracnídeo infectado pela bactéria Rickettsia rickettsii. Com sintomas similares à dengue, a doença demanda tratamento rápido com antibióticos, tendo um índice de 10% de mortalidade.

Dentro das empresas, o cuidado deve ser redobrado em áreas críticas, como ensina Bárbara. “Nos prédios administrativos, o principal foco são locais como Copa, subsolo e os elevadores, que são áreas com grande probabilidade de as pessoas descartarem materiais, acumularem coisas ou derrubarem alimentos”, alerta.

Você sabia…

 Que abelhas, vespas, marimbondos e pombos são protegidos por lei? No caso das vespas e marimbondos, eles são considerados parte da fauna brasileira e têm importante papel de controle biológico na natureza. Por isso, a lei número 9.605/98 permite apenas que se faça a remoção ou controle de colônias se o risco ao ser humano estiver devidamente caracterizado desde que a ação seja expressamente autorizada pela autoridade competente. Portanto, a conduta preventiva nesses casos é ainda mais fundamental. Caso haja a presença em massa dessas espécies, você deve procurar o Centro de Controle de Zoonoses ou mesmo o Corpo de Bombeiros.

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