Conheça os três fatores que transformaram Cingapura em exemplo de desenvolvimento, segurança e qualidade de vida por meio da limpeza.

“Uma cidade mais limpa criará uma economia mais forte”. Foi pautado nessa premissa, em 1968, que o então primeiro-ministro de Cingapura Lee Kuan Yew criou um dos maiores programas de limpeza urbana, responsável por dar ao país nos dias de hoje o título de mais limpo do mundo, como mostra a matéria do portal da BBC. Há 35 anos atuando na prestação de serviços terceirizados profissionais, tendo grande participação em serviços de limpeza em espaços públicos, o Grupo Paineiras compactua dessa visão estratégica sobre a limpeza. Não se trata apenas de tonar um espaço mais agradável. Trata-se de um tema de economia, desenvolvimento e saúde, como destacou a pandemia da Covid-19. Por isso, elencamos os três principais fatores desse case inspirador:


O impacto dos serviços de limpeza na história de Cingapura

O case de Cingapura prova o quanto a limpeza está associada a diversos outros fatores sociais e o quanto ela pode impactar em diferentes setores. A expectativa de vida passou de 66 anos para 83 anos – a terceira mais alta no mundo. Uma cidade mais limpa é também mais agradável e, consequentemente, mais convidativa, tanto que em 2018 o país recebia mais de 13 milhões de visitas de turistas, enquanto em 1967 esse número não passava de 200 mil. O investimento estrangeiro direto também subiu de US$ 93 milhões (R$ 350 milhões) em 1970 para US$ 39 bilhões (R$ 146 bilhões) em 2010. Como mostra a matéria da BBC, a cidade é agora a quinta maior beneficiária de investimentos estrangeiros diretos no mundo, recebendo US$ 66 bilhões (R$ 250 bilhões) em 2017, segundo o relatório da Conferências de Negócios e Desenvolvimento da Organização das Nações Unidas (ONU).


Um exército de trabalhadores de limpeza

Parte do sucesso de Cingapura se deve aos #heroisdalimpeza. Pode-se dizer que há um exército de profissionais responsáveis por manter cada pedacinho do país impecável. São 56 mil profissionais de limpeza registrados na Agência Nacional de Meio Ambiente. E há milhares de contratados independentes que não estão registrados. São cerca de SGD$ 120 milhões (R$ 328 milhões) investidos por ano na limpeza de espaços públicos. Ou seja, Cingapura não é um país limpo, mas sim um país que foi faxinado.


Limpeza como política universal e transversal

Outro aprendizado que o case Cingapura nos traz é ter a limpeza como política pública universal e transversal. A campanha “Mantenha Cingapura Limpa” foi, na verdade, um amplo programa que incluiu mudanças nas leis de saúde pública, a transferência de ambulantes para os centros de venda formais, o desenvolvimento de sistemas adequados de esgoto e medidas de controle de doenças. Ao mesmo tempo, a população foi transferida das chamadas Kampongs (aldeias de estilo malaio com cabanas de madeira) para conjuntos habitacionais com uma infraestrutura melhor.

O programa ainda contemplou um amplo esforço de comunicação e marketing para que a causa tivesse adesão de toda a população, pois só assim ela teria sucesso de maneira sustentável. Atividades de educação pública, como a campanha “Use Suas Mãos”, de 1976, que reunia alunos, pais, professores, diretores e funcionários públicos para limpar as escolas nos finais de semana e realizar o plantio de árvores, palestras de autoridades de saúde e a organização de campeonatos para eleger os estabelecimentos, edifícios governamentais, escolas etc. tanto os mais limpos quanto os mais sujos foram outras ações importantes para esse processo evolutivo.

Durante as décadas de 1970 e 1980 também houve atividades que estimulavam os moradores da cidade a manter banheiros, fábricas e pontos de ônibus limpos e a vigilância do governo e até aplicações de multas fizeram parte do programa para mudar a cultura das pessoas e fazer com que a preocupação com a limpeza e a higiene fizesse parte do dia a dia de todos, até se tornar algo natural.


E tem mais: limpeza no enfrentamento da Covid-19

Mesmo antes da pandemia, em 2017, Cingapura já se dizia “dotada de habilidades e conhecimentos atualizados sobre técnicas de desinfecção, manuseio de desinfetantes, procedimentos de segurança e uso correto de equipamento de proteção individual para lidar com um surto de doença infecciosa “, como mostrou a matéria publicada pelo portal G1.

Assim, a resposta ao novo Coronavírus, amplamente elogiada no cenário mundial, não foi puramente reativa. “Treinamos nossos agentes para lidar com a desinfecção de doenças infecciosas antes mesmo da Covid-19 chegar às nossas terras”, explicou ao G1 Tai Ji Choong, diretor do departamento de limpeza pública da Agência Nacional de Meio Ambiente de Cingapura. As medidas, portanto, foram mais instrumentais, como a implementação de soluções de tecnologia de saúde pública, a exemplo de aplicativos de celular que permitem aos cidadãos adquirirem máscaras faciais; tecnologias inteligentes para monitorar a temperatura corporal em grandes grupos; e cães-robôs que patrulham parques públicos para fazer cumprir as medidas de distanciamento social.

Hoje Cingapura lidera regularmente rankings de pesquisas sobre condições sociais, segurança pessoal e qualidade de vida, entre as cidades globais, enquanto sua economia de mercado altamente desenvolvida é uma das mais competitivas do planeta. Um case inspirador, sem dúvida!

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