Com o objetivo de reduzir pontos de contato com superfícies a fim de evitar a disseminação de vírus, os recursos que dispensam o toque para funcionar tem se destacado.
Já imaginou chegar no escritório e não precisar revirar a bolsa para achar o crachá de acesso ou ter que voltar para ver se ele está perdido no carro? Ou então, com o seu celular, chamar o elevador, destrancar portas, acender as luzes, ligar o ar-condicionado e até mesmo preparar um cafezinho? Tudo isso é possível com a tecnologia touchless, acelerada pela pandemia. Em resumo, trata-se de qualquer dispositivo que possa ser utilizado ou operado sem a necessidade de tocá-lo. Os dispositivos com essa tecnologia podem ser acionados por gestos, por aproximação, pelo celular, por comando de voz ou até por reconhecimento facial. Conheça algumas dessas tecnologias que devem estar cada vez mais presentes nos espaços de trabalho antenados às necessidades atuais.
Reconhecimento facial
O reconhecimento facial funciona com um sistema que utiliza algoritmos e softwares que são lidos por aplicativos para mapear padrões nos rostos das pessoas. Com uma câmera de celular, webcam, câmera de segurança, entre outras, ele pode detectar um rosto em formas geométricas e algorítmicas.
Em edifícios corporativos o uso dessa tecnologia se torna cada vez mais comum. De acordo com a empresa global de inteligência tecnológica ABI Research, o investimento em reconhecimento facial e vídeo monitoramento integrados à controle de acesso foram impulsionados em 2020, início da pandemia na maioria dos países. Já os dispositivos biométricos – que fazem o reconhecimento por meio das digitais das pessoas – caíram 22% em 2020.
Com o crescimento rápido e praticamente paralelo à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), ainda há polêmicas sobre como essa tecnologia pode ser utilizada sem infringir o direito de privacidade das pessoas. No Brasil, qualquer empresa que colete dados e os armazene deve seguir as determinações legais, sob pena de multas e outras sanções. Um dos principais aspectos diz respeito à necessidade de consentimento. Ou seja, em regra, os dados pessoais só podem ser coletados mediante autorização do indivíduo. Há, porém, exceções.
Comando por voz, “Voice First”
Segundo o artigo “Tecnologias touchless ganham destaque durante pandemia”, publicado no Jornal da USP pelo colunista Glauco Arbix, professor do departamento de sociologia, uma pesquisa realizada em agosto de 2020, com mais de 5 mil respondentes em 12 países, inclusive o Brasil, procurando entender o que as pessoas estavam procurando nos meios digitais, mostrou uma grande busca por inteligência artificial que não precisa do toque, como os assistentes de voz, exatamente por conta da pandemia. As pessoas afirmam claramente que estão usando esse tipo de equipamento por conta das medidas de proteção recomendadas no mundo todo.
Alcançando maturidade tecnológica e gerando valor por se tornarem relevantes para consumidores e empresas, os assistentes de voz são utilizados por 37% dos brasileiros pelo menos três vezes por semana, segundo uma pesquisa realizada pela consultoria Kantar em parceria com o Google. A tecnologia pode ser encontrada em robôs que fazem entregas de comida, lojas que desenvolveram processos de digitalização dos seus showrooms e até em automóveis e eletrodomésticos. Outro estudo, da consultoria Science Ilumeo, mostrou que o uso de dispositivos com comandos de voz aumentou 47% entre os brasileiros durante a pandemia.
Elevadores com tecnologia touchless
Com aplicativos instalados no celular do usuário, já é possível chamar elevadores sem a necessidade do toque. A Otis América Latina lançou em julho de 2021 o eCall Plus, uma solução touchless inteligente, que reafirma o compromisso com a saúde e segurança de todos seus clientes e passageiros. Também há opções que integram diferentes tecnologias, como reconhecimento facial e chamada antecipada.
Equipamentos ativados por sensores de presença
Diversos equipamentos ativados por sensores de presença já são conhecidos por grande parte das pessoas, como torneiras, higienizadores de mãos, toalheiros de papel, descargas, iluminação e até abertura de portas. Basta chegar próximo, para que o dispositivo funcione. Além de ajudar a racionalizar o uso de insumos, como nos casos de torneiras e dispensers de papeis e sabonetes, eles também contribuem para reduzir a possibilidade de disseminação de vírus. Agregando facilidade e mais segurança às pessoas, as tecnologias touchless ganharam mais atenção durante a pandemia, mas devem ficar como um legado disruptivo para a sociedade pós-pandemia. Adeus touchscreen, olá touchless!
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