A história tem a participação de mulheres especiais, que romperam barreiras, ultrapassaram limites e abriram caminhos para outras. Em homenagem a todas as mulheres, no mês das mulheres, lembramos algumas que fizeram ou fazem história:
Marie Skłodowska Curie
Criadora do termo radiotividade, ela descobriu os elementos químicos rádio e polônio. Foi, assim, a primeira mulher a receber o Prêmio Nobel de Física, em 1903, e única a ganhar o prêmio por duas vezes, em áreas distintas, além de ter sido a primeira professora mulher na Universidade de Sorbonne, na França. Apesar de concluir o colegial cedo, a jovem não conseguiu estudar em sua cidade natal, já que a Universidade de Varsóvia não aceitava mulheres e conseguiu fazer doutorado, o que era raro para o público feminino. Foi, portanto, desbravadora do seu tempo tendo o conhecimento como instrumento. Sua estátua de bronze em Varsóvia é uma homenagem mais que merecida.
Maria da Penha
Ela dá nome à lei brasileira de proteção da mulher contra a violência doméstica e familiar e não é por acaso. A farmacêutica bioquímica foi vítima de violência doméstica por parte do seu marido que, em 1983, atirou em suas costas enquanto ela dormia, deixando-a paraplégica. Meses depois, o homem ainda tentou eletrocutá-la. Desde então, ela luta por justiça para todas, mas só em 2006 é que a lei foi sancionada graças à intervenção da Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (CIDH/OEA). Ela é também fundadora do Instituto Maria da Penha, que visa contribuir para a monitorização do cumprimento da Lei. Exemplo da prática do lema “mexeu com uma, mexeu com todas”.
Rachel Maia
Em um grupo restrito em que apenas de 0,4% das posições executivas das maiores empresas do País eram ocupadas por mulheres negras, segundo pesquisa do Instituto Ethos, realizada em 2015, Rachel Maia se destacou. Criada na periferia de São Paulo, chegou a ser eleita pela revista Forbes como uma das 40 mulheres mais poderosas do Brasil. Com 28 anos de carreira, já tendo atuado como CEO e conselheira em companhias como Tiffany & Co, Novartis, Pandora e Lacoste, atualmente presta consultoria por meio de sua própria empresa, a RM Consulting, e lançou em 2021 sua biografia “Meu caminho até a cadeira número 1”. “Com uma experiência de quase 30 anos em alta gestão, eu tenho a responsabilidade de impulsionar outras mulheres negras a também chegar à alta liderança”, disse ela na ocasião do lançamento de seu livro.
Luiza Helena Trajano
Em janeiro de 2020, a Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos anunciou a escolha de Luiza Helena Trajano, do Magazine Luiza, para receber o Prêmio Personalidade do Ano 2020. Em um histórico de 50 anos de premiação, apenas outras duas mulheres receberam o título – a advogada americana Carla Anderson Hills (integrante do governo de Gerald Ford entre 1974-1977), em 1990, e Yolanda Vidal Queiroz (que presidia o Grupo Edson Queiroz), em 2008. Responsável por transformar o Magazine Luiza em uma das maiores empresas do Brasil, com faturamento anual na casa dos R$ 60 bilhões, ela também fortalece a mulher no contexto dos negócios.
Madre Teresa de Calcutá
Ganhadora do Prêmio Nobel da Paz, Madre Teresa de Calcutá foi beatificada pelo Papa João Paulo II, em 2003, e proclamada como santa pelo Papa Francisco no Jubileu da Misericórdia, em 2016. Fundadora da Congregação das Missionárias da Caridade, voltada a prestar assistência a pessoas em estado de extrema pobreza, deixou um legado mesmo após sua morte, em 1997: em 2005, sua congregação contava com mais de cinco mil membros.
Você mulher que enfrenta as pequenas grandes batalhas do dia a dia, das injustiças sociais refletidas nos números, da luta por equilibrar os inúmeros papéis que desempenha e para superar as injustiças e diferenças sociais que ainda permeiam a vida profissional e pessoal. É pela sua resiliência, persistência e força para falar e ser ouvida, de fato, que caminhamos para uma sociedade mais diversa, equilibrada e justa!
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