Além de simplificar o atendimento, a inteligência artificial na saúde auxilia nos sistemas operacionais, na gestão hospitalar e na economia de materiais.
A inteligência artificial (IA) é uma área de estudo da ciência da computação que permite aos computadores aprender, processar e analisar dados, identificando padrões e tomando decisões com base neles. Neste cenário, a aplicação da IA na saúde tem crescido exponencialmente nos últimos anos, trazendo benefícios significativos para a prática clínica.
Os avanços na telemedicina, por exemplo, demonstram que é possível combinar a modernidade de novos equipamentos inteligentes com vários processos médicos. Como resultado, uma melhoria da qualidade dos serviços oferecidos aos pacientes. Por isso, o uso da inteligência artificial na área da saúde já é uma realidade.
No entanto, ainda há quem não esteja familiarizado com as vantagens desta inovação, deixando de aproveitar recursos eficientes e modernos em suas clínicas. Confira a seguir como tirar o melhor proveito dessa tecnologia.
O que é a inteligência artificial na saúde?
A Inteligência Artificial (IA) é um campo da ciência da computação que busca criar dispositivos capazes de imitar as capacidades humanas de raciocínio, percepção e tomada de decisões.
Na área da saúde, esse mecanismo se tornou uma subcategoria de estudos científicos voltados para o desenvolvimento de equipamentos que otimizem atendimentos, diagnósticos e tratamentos. É possível encontrar braços mecânicos auxiliando a equipe médica em cirurgias complexas, máquinas de ressonância magnética extremamente modernas. Entre outros processos que utilizam a inteligência artificial para oferecer serviços de saúde mais tecnológicos e eficientes.
Os primeiros estudos sobre a aplicação da inteligência artificial na saúde surgiram na década de 1990, mas foi apenas nos últimos anos que esse campo passou a se desenvolver de forma mais significativa.
Atualmente, já existem diversos aparelhos operantes bem-sucedidos em diferentes segmentos da área da saúde, o que demonstra o potencial da inteligência artificial para revolucionar as operações na saúde e na medicina.
Como a IA pode ajudar a medicina?
Uma pesquisa realizada pela consultoria internacional Artificial Intelligence for Healthcare Applications aponta que o uso da inteligência artificial na área da saúde tem como objetivo facilitar os processos dos profissionais da área, otimizando procedimentos e possibilitando diagnósticos mais precisos. Sendo assim, esse suporte à saúde projeta a movimentação de mais de 34 bilhões de dólares no setor até 2025. Neste sentido, a inteligência artificial pode trazer diversos benefícios para a área da saúde.
Os benefícios da IA para a área da saúde
Diagnósticos mais precisos
A IA tem a capacidade de analisar grandes quantidades de dados médicos de um paciente, incluindo registros, exames e imagens, de forma muito mais rápida e precisa.
Isso permite que a IA identifique padrões sutis que podem ser difíceis de serem detectados pelos médicos, especialmente em casos em que os sintomas não são tão óbvios.
Por exemplo, na detecção de câncer, a IA pode analisar imagens de exames de radiografia, tomografia ou ressonância magnética e identificar características específicas que indicam a presença de tumores ou anomalias.
Isso pode levar a diagnósticos mais precisos e precoces, permitindo que os pacientes iniciem o tratamento mais cedo, o que pode aumentar suas chances de recuperação.
A IA também pode ser usada na análise de dados genéticos para identificar mutações específicas que possam estar relacionadas a certas doenças. Isso permite que os médicos personalizem o tratamento do paciente com base em seu perfil genético, o que pode levar a tratamentos mais eficazes e específicos para a condição do paciente.
Redução de erros médicos
A IA pode ser utilizada para ajudar a evitar erros médicos em diversas etapas do processo de atendimento aos pacientes. Por exemplo, em relação aos diagnósticos, a IA pode analisar os dados dos pacientes e ajudar a identificar possíveis diagnósticos, sugerindo opções alternativas ou complementares aos médicos, que podem avaliar e confirmar ou descartar as sugestões. Dessa forma, a IA atua como uma ferramenta complementar para a tomada de decisão médica, o que pode reduzir o risco de erros.
Além disso, a IA pode ajudar a evitar erros na prescrição de medicamentos, sugerindo doses adequadas e identificando possíveis interações medicamentosas ou reações alérgicas, com base nas informações do paciente. A tecnologia pode, ainda, auxiliar na identificação de erros em prontuários eletrônicos, como dados incorretos ou ausentes e sugerir correções.
Eficiência operacional
A inteligência artificial pode desempenhar um papel importante na melhoria da eficiência operacional de hospitais e clínicas. Ao analisar grandes conjuntos de dados, a IA pode identificar padrões e tendências que ajudam a prever a demanda por serviços de saúde, permitindo que os gestores possam planejar de forma mais eficaz a alocação de recursos e pessoal.
A IA também pode ajudar na gestão de leitos hospitalares, o que pode reduzir o tempo de espera dos pacientes e melhorar a qualidade do atendimento.
Dessa forma, os hospitais podem prever quais leitos estarão disponíveis em determinado momento e como eles serão alocados, reduzindo a sobrecarga em alguns departamentos e aumentando a eficiência operacional.
Além disso, a IA pode ser usada para programação de cirurgias, ajudando a minimizar o tempo de espera e garantindo que as salas de cirurgia estejam disponíveis para os procedimentos necessários.
A análise de dados também pode ajudar a identificar padrões de uso de medicamentos e equipamentos, permitindo que os hospitais possam gerenciar de forma mais eficiente o estoque de suprimentos e medicamentos, evitando desperdícios e reduzindo custos.
Gestão de facilities
A gestão de facilities em hospitais pode ser um desafio, especialmente devido à grande variedade de serviços e recursos necessários para garantir o bom funcionamento de um hospital. Felizmente, a inteligência artificial pode ser uma ferramenta útil também neste contexto. Confira:
- Monitoramento de equipamentos: a inteligência artificial pode ser usada para monitorar equipamentos em tempo real, identificando problemas antes que eles se tornem críticos e permitindo que os gerentes de instalações programem manutenções preventivas de forma mais eficiente. Isso ajuda a minimizar o tempo de inatividade e reduzir os custos de manutenção.
- Controle de custos: o mecanismo também ajuda a analisar os custos de energia, água e outros recursos, permitindo que os gerentes de instalações identifiquem maneiras de economizar.
- Manutenção preditiva: o recurso permite prever quando a manutenção preventiva é necessária, com base em padrões de uso e desempenho do equipamento. Isso permite que a equipe de gerenciamento de instalações agende a manutenção de forma mais eficiente e evite falhas inesperadas.
- Gerenciamento de resíduos: a inteligência artificial pode ser usada para otimizar o gerenciamento de resíduos em hospitais, ajudando a minimizar os custos de remoção e reduzindo o impacto ambiental.
- Controle de acesso: pode ser usada para gerenciar o acesso a áreas restritas, monitorando a entrada e saída de pessoas e garantindo a segurança de pacientes e funcionários.
Otimização e evolução em operações hospitalares
A utilização da Inteligência Artificial é extremamente valiosa na gestão das organizações de saúde, pois proporciona uma integração efetiva entre processos, pessoas e setores. Desse modo, a IA é capaz de impulsionar a operação clínica, tornando a tomada de decisão mais rápida e precisa, o que é fundamental para garantir um atendimento eficiente e de qualidade.
Em resumo, a inteligência artificial tem um enorme potencial para otimizar e evoluir a área da saúde, proporcionando diagnósticos mais precisos, tratamentos mais eficazes, uma experiência mais humanizada para os pacientes e uma gestão hospitalar de qualidade. É importante estar atento às novas tecnologias e saber como utilizá-las de forma segura e responsável para obter os melhores resultados.