Evento foi realizado de 1 a 12 de novembro. Quase 200 países membros assinaram um acordo para tentar garantir o cumprimento da meta de limitar o aquecimento global a 1,5°C até 2030.
De 1 a 12 de novembro foi realizada, em Glasgow, na Escócia, a 26ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 26), com o objetivo de trabalhar com todos os envolvidos para aumentar a ambição climática, construir resiliência e reduzir as emissões de gases do efeito estufa (GEE).
Um dos destaques foi a assinatura dos quase 200 países presentes no acordo para tentar garantir o cumprimento da meta de limitar o aquecimento global a 1,5°C. Segundo otexto, a meta é uma redução global das emissões de dióxido de carbono em 45% até 2030, na comparação com 2010, e de neutralidade de liberação de CO2 até 2050 – quando emissões são reduzidas ao máximo e as restantes são totalmente compensadas por reflorestamento e tecnologias de captura de carbono da atmosfera.
O acordo firmado na COP26 defende a necessidade de “acelerar” a transição energética para fontes limpas. Também pede que os países “acelerem” os esforços para reduzir subsídios “ineficientes” a combustíveis fósseis e o uso de carvão que não use tecnologia de compensação de emissões.
O debate vai ao encontro de uma mudança de paradigma na forma como o conceito de ESG (sigla do inglês para Meio Ambiente, Social e Governança Corporativa) tem sido visto pelo universo corporativo, a exemplo da declaração do Chairman e CEO da BlackRock – uma das maiores gestoras de ativos do mundo – Laurence D. Fink, destacando a importância do risco climático, como destacamos nesse post sobre o conceito. O impacto da maior crise hídrica brasileira dos últimos 90 anos também destaca a importância do tema.
COP 26 e os efeitos da elevação da temperatura global
Com o aumento da temperatura média global de 3ºC, o Brasil, especificamente, fica mais exposto a secas ainda maiores e mais intensas e ondas de calor mais recorrentes, trazendo problemas não só à saúde humana, mas a todos os seres vivos e atividades essenciais, como a agricultura, responsável por importante fatia do PIB e até por atender os mercados internacionais. Vale destacar que o Brasil, além do papel de destaque na exportação de itens agrícolas, é o país com maior potencial para suprir a demanda futura do mundo por comida, já que a população mundial deve chegar a 10 bilhões de pessoas até 2050, com poucas possibilidades de expandir áreas agricultáveis.
Infelizmente, o processo de aquecimento já está em movimento. Como mostra a matéria publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo, o Brasil teve um aumento médio de temperatura de 2,5°C nas regiões costeiras entre 1901 e 2012, por causa das mudanças climáticas. Os incêndios – em biomas importantes como a Amazônia e o Pantanal – também estão em alta, assim como o desmatamento.
Em sua sétima edição, o relatório da organização global Transparência Climática (Climate Transparency), que reúne think tanks e ONGs de 16 países, mostra que mesmo se todas as políticas ambientais atuais do País fossem implementadas, com a meta climática do governo federal de reduzir as emissões em 43% (abaixo dos níveis de 2005) até 2030 e de atingir a neutralidade climática, o aquecimento ainda seria de 3°C – o dobro do limite previsto pelo Acordo de Paris.
Trabalho em conjunto
Devido à importância e magnitude da questão, o trabalho em equipe, com a participação ativa de todos os membros da sociedade, é fundamental. Desde as pequenas mudanças dentro de casa, com consumo consciente e cobrança de comprometimento por parte das marcas e produtos consumidos, até ações sustentáveis nas empresas e priorização por parceiros também comprometidos com a causa, contribuem para uma mudança global de comportamento.
O Grupo Paineiras, por exemplo, adota o uso consciente de materiais, coleta seletiva, logística reversa e aborda o tema com seus colaboradores. O cuidado se estende por toda a cadeia, incluindo a manutenção na frota de veículos, além de fazer parte dos critérios de seleção dos parceiros.
E você, como está comprometido com a redução do aquecimento global e seus impactos?
Deixe um comentário