Declaração de uma das maiores gestoras de ativo no mundo sobre o risco ambiental para as finanças trouxe novo olhar ao tema sob o aspecto do negócio e necessidade de um comprometimento compartilhado entre todos.
No ano em que a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) completou 10 anos, infelizmente, não há só motivos para comemorar. Segundo a Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe) em seu Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil, publicado em 2020, a geração de Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) teve um incremento de 19% no período de 2010 a 2019, passando de 67 milhões de tonelada para 79 milhões de toneladas por ano.
A coleta de resíduos, no entanto, cresceu em todas as regiões do País, passando de cerca de 59 milhões de toneladas em 2010 para 72,7 milhões de toneladas em 2019. Mas, por outro lado, a disposição inadequada ainda está presente em todas as regiões, tendo aumentado 16% em relação a 2010, o que impacta diretamente a saúde de 77,65 milhões de brasileiros, e tem um custo ambiental e para tratamento de saúde de cerca de USD 1 bilhão por ano.
A declaração do Chairman e CEO da BlackRock – uma das maiores gestoras de ativos do mundo – Laurence D. Fink, destacando a importância do risco climático, é uma esperança de que é possível evoluir e mudar esse cenário para a próxima década. “Pesquisando uma vasta gama de organizações – incluindo o Painel Intergovernamental sobre Alterações Climáticas da ONU, o BlackRock Investment Institute e muitos outros, juntamente com novos estudos da McKinsey sobre as consequências socioeconómicas do risco climático físico – está aprofundando a nossa compreensão de como o risco climático irá impactar tanto o nosso mundo tangível como o sistema global que financia o crescimento econômico”, afirmou ele por meio da carta pública “Uma mudança estrutural nas finanças”. Em resumo, ele destaca: “todos os governos, empresas e acionistas devem enfrentar as mudanças climáticas”.
Logística reversa e coleta seletiva
A logística reversa foi um dos instrumentos estabelecidos para minimizar o impacto do descarte inadequado de resíduos, tendo como princípio a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos.
No setor de limpeza, as embalagens são um dos principais componentes da geração de resíduos. Dar a destinação correta para elas requer a conscientização e participação de todos os envolvidos. No Grupo Paineiras, por exemplo, os colaboradores são orientados a guardarem todas as embalagens, além de outros tipos de utensílios que não serão mais usados, como armários velhos ou quebrados. Periodicamente, esses itens são retirados dos postos de trabalho nos clientes e direcionados para a sede da empresa onde são triados e doados a uma Cooperativa, responsável por dar a destinação correta, que, por sua vez, emite um certificado comprovando o destino dos materiais. “Com a doação, além de fazermos a nossa parte, encaminhando-os à destinação correta, ainda colaboramos para esse grupo de famílias que faz dessa atividade seu trabalho”, explica o encarregado de logística do Grupo Paineiras, Eder Pacheco.
Na parte administrativa é feita a coleta seletiva. Assim, os materiais que podem ser reciclados, como papeis, papelão, plásticos e até as embalagens do refeitório são limpas e todos os materiais, cerca de 500k por mês, também são doados, tendo a oportunidade de um novo uso e gerando renda para os trabalhadores da Cooperativa.
Descarte de eletrônicos
Segundo a Abrelpe, o Brasil é o quinto maior gerador de resíduos eletroeletrônicos do mundo e o segundo maior no continente americano, atrás apenas dos Estados Unidos (The Global E-waste monitor, 2020). Em 2019, foram geradas 2,1 milhões de toneladas no País, o equivalente a 10,2 kg por habitante. Por isso, o seu descarte correto também é de extrema importância.
Em outubro de 2019 foi assinado um Acordo Setorial para implantação do sistema de logística reversa de produtos eletroeletrônicos de uso doméstico e seus componentes. Já em fevereiro de 2020, foi publicado o Decreto Federal nº 10.240/2020 que estabelece normas para a implementação de sistema de logística reversa obrigatória, com previsão de alcançar todo o mercado nacional, especialmente às empresas e associações que não foram signatárias do Acordo Setorial de 2019.
No Grupo Paineiras eles também são encaminhados de forma correta. E quando se trata de um equipamento que pode ser consertado, mas não teve seu conserto aprovado pela empresa, ele é doado à Casas André Luiz, que presta serviços de assistência gratuita à pessoa com deficiência intelectual e física.
Ação social
Até os uniformes desgastados são triados para evitar o descarte. Os que estão em boas condições são lavados e integram a ação solidária anual que o Grupo Paineiras faz na Bahia. “Passamos a confeccionar os uniformes com o logo da empresa costurado, sem ser bordado diretamente na peça, já para facilitar essa reutilização. Assim, conseguimos apenas descosturar o logo e deixar a roupa apta para uso”, explica Pacheco. Já os que estão sem condições de uso, são incinerados por uma empresa especializada contratada.
Comprometimento compartilhado
Assim como os colaboradores são fundamentais para evitar o descarte de materiais e dar a destinação correta aos materiais descartados, toda a cadeia produtiva também deve estar engajada e consciente de seu papel para um planeta mais sustentável.
Por isso, o conceito de sustentabilidade permeia todos os setores e envolve toda a cadeia do Grupo Paineiras, desde a seleção e compra dos produtos de limpeza, até a manutenção preventiva nos veículos e a contratação de fornecedores comprometidos com a causa.
Para Pacheco, “a preocupação com a sustentabilidade é gratificante não só para nós enquanto funcionários, mas também enquanto pessoas. Recebemos informações e adquirimos conhecimentos sobre o tema que agregam não só nas nossas atividades profissionais, mas para a nossa casa e para a nossa vida como um todo, como seres humanos. É um legado que vem sendo aprimorado e que nos torna pessoas e cidadãos melhores”.
ISO 14001
Consciente da importância do tema, o Grupo Paineiras já está no processo de aquisição da certificação ISO 14001, que especifica os requisitos de um Sistema de Gestão Ambiental e permite à organização desenvolver uma estrutura para a proteção do meio ambiente e rápida resposta às mudanças das condições ambientais. Assim, os clientes também poderão contar com um parceiro não só comprometido com a responsabilidade social em todos os aspectos, mas também certificado.
Segundo o estudo “Respondendo às tendências do consumidor na nova realidade”, elaborado pela KPMG, os fatores ESG (Environmental, Social & Governance) ganharam destaque junto a consumidores em nível global após o início da pandemia. Por parte das marcas, espera-se um crescimento de ações voltadas a ESG como forma de agregar valor e sinalizar maior resiliência. Se você quer fazer parte desse movimento, contando com um parceiro que esteja alinhado aos princípios de sustentabilidade, fale com a gente!
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