Uma forma de homenagear grandes heróis é eternizá-los em estátuas e monumentos. E lá estão eles, na Praça Marechal Deodoro, no centro da capital paulista: os heróis da limpeza e da conservação, que têm no dia 16 de maio, uma data para serem lembrados em toda sua importância para a sociedade. Trata-se do Dia do profissional de limpeza. As quatro estátuas em tamanho real representam os agentes de asseio e conservação – o gari, a copeira, o jardineiro e o auxiliar de limpeza, como uma homenagem do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Prestação de Serviços de Asseio, Conservação e Limpeza Urbana de São Paulo (Siemaco-SP) ao valor e à importância da categoria na prestação de serviços na maior cidade da América Latina.
Com demonstrações como essa, esses profissionais vão, aos poucos, de uma aparente invisibilidade ao reconhecimento de seu valor pela sociedade. Um outro momento que contribuiu para essa transição pôde ser visto em rede nacional. Com muito carisma e irreverência, despretensiosamente, Renato Luiz Feliciano Lourenço ajudou a propagar a imagem dos profissionais de limpeza. Foi em 1995, na passagem da tropa de garis ao final de um desfile das escolas de samba no Rio de Janeiro, quando ele liderava seu time de varredores e mostrou que tinha ginga com a vassoura na mão, para o deleite da plateia que ainda se encontrava nas arquibancadas. Sempre sorridente – o que lhe rendeu o apelido de “Renato Sorriso” –, sua imagem ganhou proporção nacional, tendo, inclusive, participado (uniformizado, é claro!) da cerimônia de encerramento das Olimpíadas de Londres em 2012.
Em 2019, mais um momento que colocou a limpeza em destaque na sociedade: a pandemia do novo Coronavírus. Afinal, a limpeza é uma das principais maneiras de prevenção à disseminação da Covid-19. O dia 16 de maio, portanto, merece ainda mais destaque. Mais que uma homenagem, é uma forma de agradecer por todo empenho e dedicação de quem está na linha de frente, não só no setor público, mas também no setor privado, os heróis da limpeza, como bem retratou a campanha da Abralimp, que você confere aqui.
De gari a agente de limpeza, a evolução da categoria na sociedade
Você sabia que o termo gari, comumente usado até recentemente, é uma referência ao nome de um empresário francês? Ele também está intimamente ligado à própria origem da profissão, há 145 anos, hoje denominada, pela Classificação Brasileira de Ocupações sob o código 5143-20, como faxineiro, auxiliar de limpeza e servente de limpeza, mas tendo como uma denominação mais ampla no termo “agente de asseio e conservação”.
De acordo com a Biblioteca Nacional, a prática da limpeza ganhou um caráter sistemático no Segundo Reinado com uma notinha discreta no centro da primeira página do periódico Gazeta de Notícias (RJ), de 11 de outubro de 1876, que anunciava a contratação dos serviços do francês Aleixo Gary para a limpeza das ruas da capital. A empresa ficou responsável pelo transporte do lixo produzido no Rio de Janeiro para a ilha de Sapucaia, na Baía de Guanabara, até 1891, dando origem à primeira empresa de coleta de lixo do município. Até que em 1892 foi instituída a Superintendência de Limpeza Pública e Particular da Cidade.
Hoje, já são mais de 1,5 milhão de agentes de limpeza no País, segundo informações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) 2019. Só em São Paulo são cerca de 15 mil agentes que trabalham diariamente para garantir que os resíduos gerados pelos mais de 12,8 milhões de cidadãos tenham o tratamento e destinação correta.
O Grupo Paineiras tem orgulho de fazer parte disso, atendendo diversos clientes do setor público.
Valorização – treinamento
Um dos principais instrumentos para a valorização e reconhecimento dos agentes de asseio e conservação, sejam prestadores de serviços de limpeza, manutenção de áreas verdes, o jardineiro, etc, é o treinamento e a capacitação multidisciplinar. Não é à toa que essa é uma das frentes de atuação da Associação Brasileira do Mercado de Limpeza Profissional (Abralimp) e um dos pilares do Grupo Paineiras, que fez parte da constituição da primeira escola profissionalizante do setor, a UniAbralimp. Essa, por sua vez, ganha um novo e importante capítulo na história do setor, com a instituição da Fundação UniAbralimp, que vai ampliar a toda a sociedade o conhecimento e informação a respeito dos temas importantes na área da limpeza e conservação. Mais um motivo para celebrar esse 16 de maio.
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