A revista INFRA FM convidou Maria Aparecida Shiraishi, graduada em Administração de Empresas e Coordenadora Operacional do Grupo Paineiras, que atua há mais de 30 anos no mercado de limpeza e conservação, para tirar dúvidas sobre higienização de ambientes em tempos de Covid-19. Acompanhe a entrevista:
Como dever ser a higienização dos ambientes e superfícies em época de Covid-19?
A higienização deve ser feita com um detergente para eliminar a sujidade do local e em seguida passar um produto desinfetante (é importante observar no rótulo do produto a forma de utilização) para desinfecção, realizando o processo de limpeza sempre da parte mais limpa, para a mais suja e do interior do ambiente para a porta. Quanto à frequência não se tem dados ou protocolos informando a periodicidade ideal para a limpeza de ambientes comuns, o que se tem hoje é para a área hospitalar. Por isso, é muito relativo à periodicidade desse ambiente, pois depende do uso. Mas, diante da pandemia é importante intensificar a frequência da limpeza nos locais de maior contato.
Qual a diferença em desinfecção e higienização de ambientes?
A higienização é uma Limpeza que pode ser feita com um detergente ou multiuso, já a desinfecção ocorre quando é aplicado um desinfetante sobre a superfície deixando uma camada residual e inibindo a multiplicação de bactérias, isso faz com que a carga microbiana na superfície não aumente. Mas se uma pessoa contaminada vier a tocar a superfície ou objetos ela irá contaminar o ambiente novamente, por isso a limpeza precisa ter uma frequência maior.
O que é pulverização de ambientes e qual a sua eficiência?
A pulverização alcança mais extremidades, enquanto a higienização fica mais limitada, mas os dois se completam, pois, dependendo de como estiver a higienização do ambiente não posso executar a pulverização no local.
Qual a importância dos EPI´s?
O uso de EPI’s é indispensável para a segurança dos profissionais de limpeza, evitando assim exposição com superfícies supostamente contaminadas e o contato direto com produtos químicos que podem causar danos físicos ou prejudicar a saúde.
Qual a efetividade dos químicos? Alguma mudança no combate ao Covid-19?
Tem uma orientação da Anvisa publicada em 17/03/2020 que diz “considerando que ainda não é possível testar os saneantes com ação antimicrobiana para o Covid-19, por enquanto essa informação não constará nos rótulos dos produtos. Contudo, os saneantes testados para microrganismo mais resistentes são bons instrumentos para combater a proliferação do novo vírus”. Com isso as empresas estão usando produtos químicos recomendados, com os principais ativos existentes para combater vírus e bactérias, tais como ácido peracético, biguanida polimérica, hipoclorito de sódio, peróxido de hidrogênio, quaternário de amônia, além de outros princípios ativos atestados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
Quais as lições da pandemia?
O mundo não será o mesmo. O vírus para alguns negócios será devastador, mas com ele também aprendemos a buscar soluções rápidas. A tecnologia avançou e teve um pico incrível, as pessoas passaram a ser mais tecnológicas, algo que em tempos normais levaria um tempo maior. Quanto à Limpeza, essa categoria passou a ser vista com outros olhos e o seu valor ficou muito mais evidente. Hoje o serviço de limpeza é primordial para uma convivência humana saudável.
Fonte: Revista Infra FM
Deixe um comentário