O planeta clama por ações imediatas de empresas e governos até 2030 para que o planeta se mantenha habitável para as futuras gerações. Carbono Zero é uma das estratégias possíveis que a sua empresa deve adotar.

A COP26, realizada na cidade de Glasgow em novembro do ano passado, deixou claro que compromissos climáticos irão remodelar as estratégias das empresas em todo o globo. O evento desafiou governos e empresas a comprometerem-se para atingir as metas do Carbono Zero.

Para isso, envolver-se nas questões climáticas precisa ser um compromisso autêntico com fundamentos na estratégia da empresa a longo prazo, já que estas moldarão os negócios futuros. Traduzir promessas de carbono zero em planos é um desses compromissos e demanda ação imediata.

Em artigo publicado em seu site, a consultoria Mckinsey & Company sugere que as empresas não devem esperar para agir, pois planos estratégicos podem levar tempo para serem desenvolvidos e os negócios estão mudando rapidamente.

O chanceler do Tesouro do Reino Unido, Rishi Sunak, por exemplo, já reiterou na COP26 que vai exigir das empresas de capital aberto no Reino Unido a divulgação dos planos de carbono zero até 2023. Para quem quer seguir o exemplo e começar a agir já, a Mckinsey lista alguns passos que podem ajudar a iniciar essa jornada.

Oito passos para por em prática um plano de Carbono Zero


1. Com oportunidades e riscos em mente, defina cinco fundamentos para um programa eficaz de redução de carbono na sua empresa. 

2. Desenvolva metas de curto e longo prazos, com ações baseadas na ciência ou instituições/associações setoriais confiáveis. Essas condições criarão oportunidades para inovar e liderar ações coordenadas entre os stakeholders do setor.

3. Avalie o investimento que será necessário para a transição rumo à redução das emissões de CO² no seu negócio, como garantir materiais verdes. 

4. Faça parcerias com instituições e organizações não-governamentais que atuam no mercado de compensação de CO². Empresas com volume elevado de emissão de CO2² podem obter fundos das instituições financeiras, que têm metas de carbono zero e retiram esses ativos de forma responsável. 

5. Invista na transformação digital, pois ela aumenta o desempenho da sustentabilidade na cadeia de produção.

6. Implemente um programa para monitorar e medir os impactos, atualizando-o, se necessário.

7. A divulgação é inevitável, seja transparente. Identifique e comunique claramente seu propósito.

8. Governos e instituições financeiras podem solicitar cada vez mais que empresas divulguem informações sobre exposições aos riscos climáticos. Monitore e gerencie essas informações. A jornada é longa e demanda investimento e foco das principais instituições, governos, empresas e a sociedade, que precisam agir juntas para que o Carbono Zero seja uma meta possível. Mas o resultado da virada sustentável gera um impacto positivo que vai muito além do lucro.